Feliz Aniversário, Gianne!

E, de repente, uma presença luxuosa invade a redação, para na entrada e, com voz alta e potente anuncia para todos:

– Bom gente, hoje é meu aniversário, estou fazendo 30 anos e eu vim trazer bolo pra vocês….

Olho e vejo uma figura alta, loira, linda, sorridente e aniversariante, abrinco uma caixa cheia de outras caixas de lindos cupcakes. É Gianne Albertoni.

Puxo um parabéns e toda a redação canta pra ela. Ela agradece e sai distribuindo quitutes, com a alegria de uma menina que faz 13 anos. Uma fofa.

É impressionante como a alegria de viver é patrimônio da pessoa, item de fábrica de alguns seres humanos. Tirei uma foto, dei um beijo e um abraço em Gianne, conversei rapidamente com ela.

Nesse meio chamado ‘televisão’, máquina idealizada de sucesso instantâneo, sonho de apogeu para muita gente no Brasil, há pessoas de todos os tipos. O mais legal é ver garotas como Gianne, que não precisa de nada disso, que poderia ficar apenas em sua redoma, sendo paparicada por ser apresentadora de TV, vindo até aqui, na redação do portal R7, para compartilhar a felicidade de estar fazendo 30 anos e distribuir doces para todos pessoalmente. Ela, modelo famosa, apresentadora de uma grande emissora, vindo aqui nos servir.

Grande garota.
Feliz aniversário, Gianne.

Mamãe, olha eu na TV do metrô!

http://storify.com/rosana/tuitadas-no-metro.js[View the story “Tuitadas no metrô” on Storify]

Obrigada, fotógrafo!

Ai, que alegria. Ai, que delícia. Eike Batista. Sério, fiquei muito feliz ao ver que saí bem na foto que está no site do programa Tudo é Possível. Obrigada ao maquiador, ao cabelereiro e ao fotógrafo Antonio Chahestian que operaram esse milagre. Além de não ser bonita, não sou fotogênica. E, olha, não estou ‘fishing for compliments’, pescando elogios, não. Sou tão ruim de pescaria que no primeiro arremesso da isca eu furaria meus olhos com o anzol. Estou contente porque o resultado ilusório ficou agradável pra mim mesma. Vou fingir que sou assim e continuar com o post.

Domingo, meio dia, estreia um quadro de paródias no Tudo é Possível e o diretor do programa, Vildomar Batista, me convidou pra fazer parte do júri. Já fiz muitas paródias, escrevi muitas e muitas letras de humor e, por isso, me sinto à vontade para julgar o trabalho dos participantes.

Conversei muito com o Beto Barboza, ao som da platéia cantando Adocica. Confesso que entre risadas e fofoquinhas, fiquei muito enternecida quando ele contou que no final do ano passado perdeu uma filha, aos 28 anos. Coisa mais triste do mundo. Felizmente ele está conformado, se recompondo, com a ajuda de uma boa fase profissional, com direito a campanhas publicitárias com ‘Adocica’ e muitos shows pelo Brasil. Serginho Mallandro também está feliz com o sucesso de seu stand-up.

A produção me tratou com muito carinho e gostei muito das produções de cada um dos sete candidatos. Amanhã você confere o meu favorito. Começa ao meio dia.

Por enquanto, obrigada, Antonio!
Se eu ficar bem na TV, vou agradecer a todos os câmeras.

🙂

Mamilos e uma milla

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Você já deve ter visto o “polêmico” vídeo dos Mamilos.
Inspirado nesse grande sucesso passageiro do momento que já-foi-será, fiz minha vídeo-resposta.

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Obrigada pela audiência.

E veja a entrevista com o garoto Mamilos aqui.

Um pé de quê?

Nunca assisti ao programa “Um pé de quê?”, do canal Futura, projeto de Regina Cazé apresentado pela própria, mas sei que o programa é um sucesso. Em que sentido? Em todos. Foi uma ideia dela e do marido, Estevão Ciavatta, que brotou a partir de uma curiosidade da filha dela,  Benedita. Portanto, um sucesso pessoal e familiar. O programa estreou no canal Futura em 2001. Em 2006 o programa fez sua primeira viagem internacional, para a África. Agora, ao completar 10 anos, o programa foi gravar as cerejeiras no Japão. Um sucesso com ramos internacionais.

Como eu nunca tinha visto na TV, fui ver no YouTube.  O resultado mais encontrado é o programa sobre Cannabis. Assisti uma parte. Achei muito parecido com os episódios do Telecurso Segundo Grau. Didático, simples, sem pretensões,  muito simpático. Leve.

Isso é sucesso, é a ocupação feliz de um lugar no espaço-tempo, que faz bem às pessoas, informa, vive. Sucesso é a colheita da verdade que você planta, com suas próprias mãos. Não é a ‘fama’ decorrente dos holofotes emprestados, mas da luz própria que vem de você.

Parabéns à Regina Cazé. É lindo ver os frutos de gente frondosa.

A Internet quer ‘trollar’ a TV para virar celebridade

Você vai ouvir um sonoro palavrão, a falta de educação e a reação estupefata dos apresentadores e do entrevistado diante da grosseria do telespectador. Agora que você já viu, vamos aos fatos. Vamos tentar entender.

Eu estava aqui no trabalho quando o Diego Maia perguntou se eu tinha visto o vídeo do Programa Manhã Maior da RedeTV com o palavrão, o vídeo acima. Peguei o link e assisti. Fiquei passada. Trabalhei em TV durante 26 anos, de 1983 a 2009 e conheço muita gente. Minha visão é a de quem conhece o meio. E, claro, hoje eu sou uma profissional de Internet. Sou peão das duas mídias.

A primeira coisa que chamou minha atenção foi o fato do telespectador ter sido tratado como um convidado. Mas, soube depois, os apresentadores costumam fazer assim. O telespectador é convidado a fazer uma pergunta. Ele dá o nome e o telefone e entra no ar, com seu nome na tela. O programa faz isso em respeito ao telespectador. O garoto em questão deu um telefone verídico, porque a produção ligou de volta e verificou. Eu apurei isso junto ao programa.

O rapaz que fez isso ‘trollou’ a televisão. Trollar é uma mistura de bullying com zoação, uma espécie de assédio midiático, em que uma pessoa usa um meio para encher o saco do outro, para zoar o outro, para exercer o famoso espírito de porco. É parecido com os pichadores, que sujam as paredes, prédios e monumentos. Eles estão numa outra vibe, num outro jogo, um jogo sujo, muito diferente do jogo limpo dos cidadãos e da cidade. Trollar é pichar monumentos vivos, ou seja, gente.

Muitos fazem isso. Confesso que já dei muitas risadas ao ver esse tipo de coisa acontecendo. Lembro da onda de tentativas, muitas com sucesso, de telespectadores que enviavam nomes com cacófatos, como Paula Tejano, para programas esportivos. Você pode achar vários no YouTube.

O rapaz que fez isso hoje tinha outra intenção: queria aparecer no Top Five do CQC. A ideia era essa, exatamente. Ele ligou, deu o nome, o telefone, gravou. Ele queria bombar a cena no YouTube, com o palavrão, para aparecer no Top Five da noite desta segunda feira. Gravou com o celular, disposto a virar um herói da trollagem. Imagine a emoção do menino. Sentar no sofá hoje à noite, assistir ao CQC, ver o vídeo no TopFive e dizer pros amigos: eu que fiz isso!

Eu estaria mentindo se dissesse que não ri quando vi o vídeo pela primeira vez. Mas depois, a graça acabou. Porque respeito as pessoas do programa, porque gosto muito do Arthur Veríssimo, porque é provável que o programa deixe de receber ligações dos telespectadores por causa disso. É um canal de interatividade que se fecha por causa de um garoto. É tão triste quanto ter que fechar uma praça por causa de um vândalo ou cercar uma casa com arame farpado por causa de um ladrão.

Brincar é normal. Ver as pessoas experimentando as novas mídias também. Assim como é normal testar as relações entre web e TV. Mas há uma diferença entra o passamoleque que é o cacófato ‘Paula Tejano’ e ser grosseiro ao dizer um palavrão. Ainda mais porque a pauta era homossexualidade.

Não quero ser hipócrita, porque trabalhei no Pânico, sempre fiz humor, dou risadas das zoações, como todo mundo e, num primeiro momento,imaginei que a cena estaria no primeiro lugar do Top5. Mas como todo adulto eu também sou capaz de analisar e pensar na forma de brincar e nas consequências que advém desse ato. Todos nós temos a reação infantil de uma criança diante de uma situação assim, mas a diferença é que quem amadurece, pondera.

Hoje, no aniversário de morte de Graham Bell, acho que esta ligação é emblemática. Se ele estivesse vivo e visse tudo isso, talvez tivesse desistido de inventar o telefone.

Pra você, Otávio Neto, eu dedico essa canção. Que mostra como a mesma coisa, em outro contexto pode ser legal. A Cris Nicolotti não fez mal a ninguém. E com esta interpretação todo muito riu, todo mundo se divertiu e ela ainda ganhou um prêmio. E ninguém teve que perder o emprego.

😦

Ah…essa Internet.

PS –  O vídeo acima é do Marcelo do Asttro. Ele não tem nada com isso, só ouviu o palavrão, gravou e subiu pro YouTube.

Update das 21:24h – O garoto que fez a ligação entrou em contato com a produção do programa via email e disse que estava arrependido, que ele só queria forçar a barra pra aparecer no Top5, pra enganar a produção do CQC. Sim, porque, o CQC mostra os erros que acontecem espontaneamente e não coisas produzidas intencionalmente, com a finalidade de aparecer no programa.  Mas enfim, cada um faz o que quer. Eu só queria contar  a história e dar minha opinião. Opinião dada. Agora é sua vez de opinar nos comentários. Obrigada.

Obrigada e parabéns, Ana Brambilla!

Foi com grata surpresa que encontrei um comentário da Ana Brambilla aqui no blog, no post “Cai,cai”, sobre o hoax (pegadinha, boato) do episódio dos Simpsons sobre o “Cala Boca, Galvão”. (Clique aqui para ler o comentário)

Ana entrou em contato com a FOX, confirmou que a informação é só um boato e o Terra publicou uma nota sobre isso. Atitude bacana, correta e amistosa, por parte do portal e dela. Fiquei muito feliz e cheia de esperança no ser humano novamente. 🙂

Boa, Ana! Valeu.

terracorige

Lost


Nem brinca.
Não dá nem pra fazer piada óbvia com Lost e perdidos.
É uma perda mesmo pra muita gente.
As séries que duram anos fazem isso com a gente. É mais que filme, novela, mais que qualquer outra obra audiovisual que conhecemos.
A gente se apega. Luta para ver os episódios, troca informações, acompanha na web.
Tem razão o ator que faz o Jin, não dá pra falar de TV sem mencionar Lost.
E hoje acaba.
Já li matérias, textos, crônicas, vi o trailler.
Só falta esperar o começo do fim.
Hoje.
Sniff.

Lost

Eu vi o penúltimo episódio de Lost ontem à noite. No domingo que vem o episódio final, chamado de ‘The End’, vai durar cinco horas. Isso mesmo, cinco horas. Bruno Carvalho explicou que uma parte enorme desse tempo é dedicada à publicidade. Imagine o que vai ter de gente assistindo, com olhos colados na TV. Deve ser um dos intervalos comerciais mais caro da história, tipo os do Super Bowl.
Vou ver. De qualquer jeito. Já tenho um plano A e um plano B.

Não sou do tipo fanática, mas Lost foi uma paixão.

Olha lá, já estou falando no passado.
Lost.
Foi tão bom enquanto durou!
Bom dia.

Santos campeão!

santoscampeao

Eu estava muito preocupada com minha família. Foram todos ver o jogo no Pacaembu. Eu fui ao cabeleireiro. Mas acompanhei o jogo pela TV, web e celular (via SlingBox). E fiquei apavorada só de imaginar o sufoco do meu marido e dos meus filhos. O juiz expulsou três jogadores do Santos, não terminava nunca a partida e o Santos, que seria campeão (e foi!) mesmo perdendo de um, quase tomou um gol nos últimos segundos, uma bola na trave! O juiz não terminava nunca a partida e meu coração estava saindo pela boca.

Felizmente deu tudo certo, Santos foi campeão e minha filha atendeu o celular. Disse que iam ficar para ver a entrega da taça e voltariam para casa.

Ufa. Que sufoco!

E, para os que perguntam se ‘ser campeão perdendo vale’, ué, claro que vale. São as regras do campeonato, é vitória legítima.

Sem contar que o Santos é o time da virada… Ok, não teve virada. Time do amor, então.Dos meus amores…

🙂

Briga no Twitter: Erlanger X AnaPatriciaS

Eu estava vendo minha timeline no Twitter quando me deparei com este post, originalmente em nome de @AnaPatriciaS (a conta não existe mais), agora renomeado para @braszil (também apagado):

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Fui ver o resto da história pra entender. Vi um tweet em  que Ana dizia ter tirado uma foto do humorista Rafael Cortez com a filha do diretor. Falou de poder, de eleições, da família, da empresa. A partir de então, o Diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger, entrou numa Flame War, uma briga com a  Ana Patrícia Sequeira. Ele conclamou Freud, ela exigiu liberdade e a coisa foi, até que ela renomeou a conta. Fechou o @anapatricias e trocou para @braszil (e apagou também, como disse em seu blog).

Acompanhei tudo, fiz  os screenshots. Num post aberto ele, Luis Erlanger, deixou claro que não ficaria mais no Twitter. E, de fato ele fechou sua conta no serviço.

Clique para ampliar e ler ou, veja tudo pelo search do Twitter. Por enquanto ainda está tudo na web. Muito provavelmente alguém deve estar falando com o Google, com o Twitter, para que tirem tudo do ar. Mas a Internet é diferente, a Internet não tem dono. Os donos da rede somos todos nós. Publicou, ficou. A velha mídia tem que entender essa nova mídia.Pensei muito nisso nesses dias, participando do Proxxima. Quem ficou para trás, ficou. Não vai acompanhar a exponencial de mudança. O futuro chegou atropelando. Poder agora não é mais retenção de informação, como na Idade Média. O poder é de quem tem mais criatividade, discernimento e velocidade, porque informação todo mundo tem. É o que você faz com ela. Não é apenas saber, mas saber lidar.

Você publica? Eu leio. Você apaga? Eu rastreio. Você tira do ar? Eu vejo no cache. Você manda remover? Eu pego o screenshot. É a nova ordem do que é público e da apreensão dos meios. Nós somos o meio E a mensagem. Nós somos a mídia.

Não quero me ater aqui a pessoas em específico, a detalhes. Não é uma discussão empresarial, política, amorosa, mas de comunicação. Há um fenômeno novo acontecendo diante de nossos olhos, repetindo-se. Você já viu isso acontecer antes. O poder inquestionável batendo em retirada das redes sociais. O artista inatingível decepcionado com o contato direto com os fãs. O Twitter é diferente. Ele é público. Todo mundo vê. Não é seu email, não é sua caixa, é a rua. Não há intermediários, não há ‘veludo entre cristais’. Se os cristais se chocam, quebram imediatamente.

Guimarães Rosa disse que viver é muito perigoso. Se fosse vivo, diria que twittar também é.

___

Reeditei a ordem dos screenshots para organizar a leitura.

Você pode encontrar toda a conversa aqui, no original. Ou ver o perfil de @braszil .

Para pensar.

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Um processo curioso está acontecendo nesta ‘pororoca’ da comunicação, o encontro do poder com a massa, da fama com o anonimato, sem intermediações. Como se o tempo todo, cada um estivesse num planeta e agora a colisão acontece.

PS – Aguardo comentários, sim, mas aviso que não vou brigar com ninguém. Ha!

UPdate – @AliceErlanger também fechou seu perfil no Twitter, assim como @BrasZil . Ela tem um blog e falou do assunto lá. (info via @caradesanta)

Contato com a realidade

theater20masks Existem dois tipos de pessoas: as que dividem as pessoas em dois e as outras. Brincadeira. Existem muitos tipos de pessoas. Eu diria mais. Eu diria que cada pessoa tem muitos jeitos diferentes ao longo da vida. Eu diria mais ainda: que ainda não comecei o post pra valer.  Estou enrolando pra falar que há duas atividades muito diferentes para quem faz vídeo: estúdio e externa. tv-reporter-2

O trabalho em externa é um trabalho mais duro, mais ‘sujo’, exaustivo. Quem já trabalhou como repórter sabe como é. Você passar o dia inteiro na rua. Você faz lanche na rua, almoça na rua e, para ir ao banheiro e fazer qualquer coisa, de escovar os dentes a se refrescar, você tem que procurar um banheiro, seja numa padaria, restaurante ou um posto de gasolina. Ser mulher e pedir a chave no posto não é uma aventura glamorosa.

E não é só isso. Você não tem individualidade. Num escritório você pode levantar, tomar uma água, fazer um xixi, sem ter que avisar ninguém. No trabalho de equipe, não. Se você estiver com sono, fome, sede, vontade de fazer xixi,cólica, a equipe inteira vê, sabe, acompanha. Não tem indivíduo, tem o grupo. Para quem é reservado é bem difícil. Isso sem contar o contato direto com o público. Tem que atender, conversar, falar. E, no caso de reportagem, responder pelo menos mil vezes à pergunta ‘e quando vai passar?’.

McCains WoesAlém disso. tem a chuva, o frio, a sujeira, o sapato que pisa no molhado, a roupa usada, transpirada. Os perigos. A disputa. A concorrência.  Enfim, o trabalho em externa é muito cansativo e exige demais da pessoa por trás do profissional.
Você está exposto. Você está na rua. E a rua é pública. Tudo pode acontecer, de acidentes a assaltos. Tudo.

No estúdio, não.
No estúdio você esta limpa, protegida. Todo mundo cuida de você. O diretor avisa se o fio de cabelo está fora do lugar, o maquiador retoca, o cabeleireiro dá um jeitinho. Tem ar condicionado, água e café, uma viagem de primeira classe ou, pelo menos, de executiva. news-anchorVocê é uma estrela. Claro que é só uma atividade temporária, mas muita gente acaba acreditando que virou uma estrela mesmo.
Você simplesmente fica ali, muitas vezes lendo o TelePrompter e sua única preocupação é ficar bonita e sorridente.   A televisão faz o milagre acontecer: você fica em pé, toda arrumada, falando pra câmera e sua imagem magicamente vai para ‘trocentos’ milhões de lares que vão achar você o máximo.

Por isso que todo mundo quer ser ‘apresentador de televisão’. O feio fica bonito, o gordo fica magro (pergunte-me como!)  o burro fica inteligente, o ignorante fica sábio. O mais ou menos normal vira gênio. A equipe faz isso acontecer. Hollywood também faz isso acontecer. É uma indústria do ‘fazer parecer’. E funciona. Tem gente que nem canta e vira cantor. É incrível.

Eu, que já tive uma pequena experiência dos dois lados, na frente e atrás das câmeras, aprendi que não se pode acreditar na ilusão que se produz. É como o mágico do circo: o truque é fazer o outro acreditar.

Já chorei junto com a equipe, já quase dei à luz dentro de uma Kombi, já tive que jogar a roupa inteira no lixo depois de fazer uma reportagem numa usina de reprocessamento de detritos. Já tive gente me retocando no estúdio e costureiras tirando medidas. (Foi assim que eu soube que algumas apresentadoras usam corpetes inteiros de elástico para parecerem mais magras, do joelho até o colo, feito em Minas Gerais por uma fábrica especializada em cintas. Na época, para não ter que usar uma, fechei a boca e emagreci. Depois, engordei tudo de novo.  Fecha parêntese).

Por isso, entendo tanto o que a Iris está sentindo. Ela apresentava um programa diário, ao vivo, numa TV aberta, toda bonita no estúdio.  Ganhava bem, fazia merchan. Agora, ou vai ser repórter de rua ou perde o emprego, ao que parece. Ela se sente rebaixada. Faz sentido. É assim que todo mundo vê a mudança dentro de uma emissora. O mundo da mídia é competitivo e cruel. C’est la vie.

Mas há uma diferença crucial entre o mundo interior e o exterior: a pessoa que está na rua tem contato com a realidade. Conhece o mundo.  Vê  as pessoas, sente cheiros,  fica alerta. E as que vivem encasteladas no estúdio, não. As pessoas que olham as outras nos olhos, viram gente. As que só olham para a lente da câmera só têm olhos para si. Porque não veem ninguém. E, quando vêem, não representam o mundo real. Na plateia, só tem fã gritando que a pessoa é maravilhosa. Nos camarins, só funcionários para deixá-la maravilhosa. Isso, definitivamente, não é realidade.

A longo prazo os apresentadores de estúdio transformam-se em bonecos e bonecas, robôs, pessoas irreais. Cercadas de assessores, assistentes, secretários. Mandam beijos coletivos e dão autógrafos já impressos. Claro, sempre há exceções. Mas quanto menos se convive com o mundo real, mais irreal a pessoa fica.

Todos os profissionais deveriam passar por um pouco de tudo, para entender a diferença, para voltar à humanidade.

Por isso, amiguinhos, a gente tem que aprender a amar a si e ao outro, dar-se o respeito e respeitar  o outro e aprender que nosso valor não vem da nossa posição, nem do nosso salário, nem do local onde trabalhamos.
Porque essas coisas flutuam e passam.
O caráter que temos, não.
Pra virar gente tem que aprender a conviver com gente.
E ponto.

Twision, programa de Twitter na televisão espanhola

http://vimeo.com/moogaloop.swf?clip_id=10293847&server=vimeo.com&show_title=1&show_byline=1&show_portrait=0&color=&fullscreen=1

Twision 1 (18.03.2010) from Veo Television on Vimeo.

Dois programas já foram ao ar. Ambos neste link da Veo7. Estreou no dia 19 de março.

Todos os apresentadores e envolvidos têm perfis no Twitter, com selos de contas verificadas. Como? Porque o Twitter faz acordos com emissoras de TV. A parte business funciona melhor para contas verificadas. É mais fácil para um apresentador conseguir um Verified Account através de uma rede de TV do que conseguí-lo sozinho, como pessoa física. Evidentemente o canal espanhol não faria um programa sem falar com o Twitter.

A ideia é boa. Mas o programa ainda é ruim.

Filmes

Coisa boa que é ficar no sofá, deitada, vendo filmes na TV, sem agenda, sem compromisso, nada.

Agenda melhor só da Lilly, que só tem um compromisso, ser fofa.

Vi um filme de ficção de alienígenas, District 9, um filme de gangster francês (Inimigo Público número 1) e mais um outro filme simpático.

Ralf, ex-BBB

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Ralf, sua assessora (preciso apurar o nome… ) e Lelê. Ele é extremamente simpático. Tirei algumas fotos aqui na redação.
E é só isso que posso dizer agora.:)

Seguranças de Michael Jackson

http://widgets.clearspring.com/o/4ae8d36a3102598f/4b97dc7be7e2f58a/4ae8d36a3102598f/1f164fd3/-cpid/61cd4197ca0d0053
Os seguranças de Michael deram uma entrevista para o Good Morning America, contando detalhes da vida dele e seus filhos. Em inglês.
Fonte do vídeo, ABC, Good Morning America.

E o texto, em inglês. Michael estava sempre sendo processado. Perdia dinheiro. Cartões de crédito eram rejeitados. Hotéis não o aceitavam.

Algum querido leitor quer fazer a tradução? Sabe, blog é colaborativo…

UPDATE – A matéria foi gentilmente traduzida, na íntegra, por Marina Teixeira. Thanks, Marina!

Hebe e Roberto

Saí do evento bem tarde. Achei que ainda dava tempo de ver um pedacinho da Hebe no iPhone, pelo SlingBox. Deu. Vi a entrevista de Hebe com Roberto Carlos. Muito bonita, sincera e humana. Os dois estavam muito emocionados. Peguei dois screenshots da pequena tela, só para registrar.

Parabéns, Hebe. Felicidades e muita saúde!

Vida

DiscoveryVida

Pronto, começou o mês de março.

Já sei que no dia 8, Dia da Mulher, todo mundo vai lotar minha caixa de mensagens com parabéns. Como mulher que faz mil coisas e não consegue administrar a caixa de correio prefiro que não me mandem nada. Apenas meditem. É melhor. Obrigada, anyway.

Dia 8 também é aniversário da Hebe Camargo, que volta com tudo pra seu programa, cheia de vida. Assim esperamos todos.

Dez dias depois, no dia 18 de março, o Discovery Channel lança a série Vida. Vida é um documentário com dez episódios em HD, filmados em parceria com a BBC. Veja bem, Discovery E BBC. Duas gries poderosas quando se fala de entretenimento com conteúdo.

A série Vida fala de sobrivência. Das estratégias adotadas pelos seres vivos para continuarem…vivos. As imagens, como você pode ver no trailer, são impressionantes. Isso numa tela de computador. Imagine essas imagens no telão de um cinema.

Imaginou? Pois você poderá ser um dos sortudos que vai ver o lançamento da série no Brasil. A première acontece no dia 9 de março, às 20:30horas, no Cinemark Shopping Cidade Jardim, onde será exibido o primeiro episódio da série, com 40 minutos de duração.

Esta não é uma ação paga. Mas como eu fui convidada para ir à estréia, ganhei dez convites para sortear aqui no blog. Os dez convites são individuais (sem direito a acompanhante). Até o final do dia 2, terça-feira, preciso passar o nome dos ganhadores.

O que você precisa fazer para ganhar um dos dez convites?

Você precisa deixar um comentário neste post dizendo porque você quer ver a première de Vida no dia 9 de março. Um ou quantos comentários quiser.

As dez melhores respostas (as mais convincentes pra mim…) ganham os convites individuais.

Vamos lá?
Por que você quer ver a première de Vida? Valendoooo…

Slingbox no Mac

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Eu fico impressionada. O Slingbox pega o sinal da TV a cabo. Joga para a Internet. Eu assisto a TV no meu Mac. Pego um screenshot. E saem essas imagens acima, com toda essa qualidade. Assistir TV num Mac é muito, muito melhor do que em qualquer sistema Windows. Sorry, Bill, eu tinha que dizer….

Sua TV a cabo no seu celular

slingplayer-iphoneNa 3a. feira, fui almoçar com a Delyse, num simpático restaurante art decô no centro de Houston. Depois do almoço, ela pegou o iPhone da bolsa, clicou num aplicativo e ….voilà: ela estava assistindo televisão brasileira, ao vivo.

Como? Como é possível assistir no celular a programação da TV do Brasil, mudando de canal, como se estivesse na sua casa? Veja bem, não estou falando de Justin TV, de Ustream, de transmissão em tempo real pelo e para o celular. Estou falando de ter acesso a sua Direct TV, Net, Sky, TVA, pelo seu telefone.

Delyse me contou que colocou uma `slingbox` na casa de sua família em Belém. A Slingbox é um aparelho que captura o sinal de sua TV a cabo e redireciona para o roteador da sua rede doméstica. Você pode assistir e controlar a TV pelo laptop, PC ou smartphones.

Mesmo sem saber muito bem o que estava fazendo, fui até a Fry`s e comprei um Slingbox Pro HD. Perguntei mil vezes para o vendedor se eu precisaria de mais alguma coisa, já que instalaria tudo no Brasil. Confirmei com a Delyse, com o marido dela e fui na fé. Hoje, cheguei de viagem e meu marido e meu filho começaram a aventura de instalar o Slingbox. Não foi difícil. slingbox-solo_

Enquanto eles ligavam os cabos e instalavam o programa, comecei a minha odisseia para comprar o aplicativo Slingplayer para o iPhone, direto do iTunes Store. Precisei de ajuda dos amigos do Twitter, porque na loja brasileira não tem o programa e o iTunes não deixa comprar com conta brasileira. Seguindo todos os conselhos e fazendo muita coisa errada, acabei fazendo tudo certo.

Segui o tutorial que a Glauccia enviou, abri uma nova conta e fiz o segundo truque. Para comprar o aplicativo de 29.99, adquiri um Gift Card da Apple no valor de 40 dólares. Primeiro eu comprei o gift card no lugar errado, dando o endereço do meu hotel. Depois, comprei o certo, aqui. Com o número recebido por email, fiz o “redeem” e paguei pelo aplicativo. Instalei no iPhone e pronto. Agora eu posso ver a Net, a Sky, a DirectTV, tudo no meu celular, em qualquer lugar, por Wifi ou 3G, remotamente.

IMG_0011.jpegAgora estou vendo o jogo do santos pelo iPhone, só para testar. Muito bom. Então, em resumo: o slingbox pega o sinal da tv a cabo e joga na sua rede doméstica de internet. Você configura laptops, celulares, desktops e pode assistir sua tv remotamente, em qualquer lugar. Se você quiser ver a TV a cabo em outra TV você vai precisar de outro aparelho, o SlingCatch.  Aqui está o ícone do aplicativo e um screenshot do iPhone durante o jogo.

Estou terminando de editar um vídeo em rascunho, ilustrativo, só pra mostrar a tv no celular.

Achei o máximo. Quase tão incrível quanto ver Obama ao vivo conversando com os astronautas no espaço enquanto eu transmitia tudo pelo celular. Para ver e ler mais:

Wired, matéria de antes de ontem.

Dois vídeos do YouTube. O segundo tem um ano, antes do lançamento oficial do aplicativo para iPhone.

O rascunho em vídeo, só para mostrar o aparelho: