Hoje foi um dia pesado. Nikky teve 12 convulsões ontem, passoua madrugada sofrendo, teve outras seis hoje. Foi uma dor interminável. Eu acordei às 5 pra dar comida pra ela, assim ela poderia fazer jejum de 6 horas para o exame que faria. Fui dar aula, saí um pouco mais cedo, corri pra casa, peguei meu filho e a Nikky. Ela teve uma convulsão no carro, outra na porta da clínica e uma na saída. E o pior. Depois de esperar tanto por esse exame, a atendente disse que houve um engano e a pessoa que faz não estava. Pirei. Chorei, tive um ataque. Eu estou esgarçada de ver o sofrimento da bichinha. LIguei pra Dra. Janaína, ela leu o resultado do hemograma. Nikky não está bem. Voltei para casa, ela teve outras duas convulsões assim que comeu. Fui para a clínica e internei-a. Isso não é vida pra ela. Ela não tem meia hora de consciência, meia hora pra brincar, pra ser filhote e feliz. Ela só chora, sofre, fica se batendo, sem consciência, range os dentes, uiva, tem ataques que deixam o corpinho todo dolorido.
Se for Shunt, ela terá que fazer uma cirurgia delicadíssima, que desvia uma veia do coração. A cirurgia é de altíssimo risco.
Ainda não descartamos todas as possibilidades, mas a médica da clínica disse que ela precisa se reequilibrar. Foi sedada e medicada novamente. Me dó pensar que ela vai voltar dos ataques e não ver ninguém conhecido por perto.
Mas o que dói mais é vê-la sofrer. E ouvir da boca da média a palavra possível: eutanásia.
Eu não quero pensar. Eu preciso dormir, eu tenho que trabalhar, eu preciso cuidar dos meus filhos, do meu marido, da casa, preciso preparar aulas. Eu preciso estar inteira pra cuidar da Nikky. E, no momento, sem dormir, estressada, eu estou só cacos.
Ganhei o melhor abraço da Fernanda, minha amiga aqui do R7. Carinho da Aline e muito amor com bananinha sem açúcar da Lelê. E o alto astral da Amanda a meu lado. E o apoio de todos os queridos leitores. Isso não resolve o problema, mas consola.
Obrigada.
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