There is no free lunch. Não tem almoço grátis. A frase, em resumo, é a velha máxima de que tudo tem seu preço. Tá, exceto as coisas que não tem preço da campanha da Master Card. Fato é que, de uma forma ou de outra, as coisas precisam ser pagas. Nossa viagem, por exemplo, já foi paga, por isso estamos desfrutando com prazer e tranquilidade.
Ontem, porém, um rapaz muito gentil, haitiano, perguntou se havia alguém os ciceroneando no hotel. Dissemos que não. Ele ficou surpreso e disse que deveria ter alguém fazendo todas as reservas de restaurantes pra nós e tudo mais. E que, esta manhã, agendaria um café para nos explicar o funcionamento dos hotéis e que ganharíamos uma semana gratuita em qualquer um dos hotéis da rede, que se espalha por centro e tralalá países. (Agora é com o Ednucci, que não tira férias nunca e vai corrigir maus hífens ou a falta deles, garanto.)
Nesta sexta-feira, que amanheceu instável, com chuvas esparsas e períodos de sol, o rapaz ligou cedo. Veio ao quarto. Entrou, chamou um carrinho de golfe para nos levar a outro lugar. Fomos recebidos por uma moça simpática. E aí veio a conversinha.
– Vamos tomar café da manhã e depois, veremos uma apresentação dos hotéis em todo o mundo do nosso clube de viagens.
Clube de viagens? Tipo… time sharing? Tipo… ficar sócio de uma rede de hotéis? Tipo… quanto tempo tem a apresentação??
– Uma hora e meia, disse ela.
– É uma apresentação de vendas?
– Sim.
– Se sim, não obrigada.
Agora, me diga: apresentação de vendas de uma hora e meia para pessoas que passam uma semana de férias, não faz sentido, faz? Se você precisa de um café, mais um papinho, mais uma hora e meia pra me convencer, eu já não quero comprar mais ainda do que já não queria antes…
Voltamos e fomos tomar café, com mais uma lição aprendida. Não tem nem almoço grátis, nem café da manhã e nem uma semana de presente pra quem não compra nada.
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