Minha palestra no Red Innova em Madrid

Depois de uma gentilíssima apresentação de Bob Wollheim, a gorda entrou em cena para falar inglês e portuñol.
E, para provar minha teoria do Worst Frozen Frame, lá estou toda torta e careteira no YouTube.

Link original – http://www.redinnova.com/ediciones/madrid/madrid-2012/videos

PS – No final da palestra eu menciono o querido @fabiorex . E preciso creditar a autora da ideia do flashmob no Twitter com o Trigger da TV (oioioi), a @bicmuller

Alô? É do governo? Eu tenho uma ideia pro Brasil

Todo mundo tem uma ideia para os problemas do Brasil. Eu também tenho. Não são muitas ideias, nem se referem a todos os problemas. Mas eu acho que funcionaria (todo dono da ideia acha que ela é genial, pelo menos num primeiro momento, aquele antes do teste).

O problema a ser resolvido? Mudança de hábito coletivo, mais precisamente, melhora do nível de civilidade do povo na hora de fazer xixi.

E, sim, leitor atento, eu já falei sobre isso numa palestra do YouPix no ano passado/retrasado/não-me-lembro. E mencionei essa época tão agitada que atende por Carnaval.

Há pelo menos dois anos vejo campanhas na TV pedindo que o povo não mije na parede, nas ruas e use o banheiro químico. Não acho phyno. (Aqui tem a Regina Casé pedindo pro povo não fazer xixi no chão em 2011 e agora, uma nova campanha sobre o mesmo tema.

Claro, todos concordamos que não é pra mijar na rua. Claro que todos lamentamos que nosso povo brasileiro não tenha hábitos básicos de higiene arraigados (leia 1808, do Laurentino Gomes pra entender a origem disso tudo). Claro que temos que fazer alguma coisa. Efetiva. Porque comercial na TV não vai mudar hábitos.

O que fazer, então? É aí que entra a minha sugestão. Vamos usar esse PODER de viralização dos memes. Estamos aprendendo como o processo ocorre e ao entendermos esses mecanismos podemos, de alguma forma, controlá-los para nosso uso.

Vamos usar dois GRANDES poderes, o da SUPERSTIÇÃO e da VIRALIZAÇÃO.

Veja como funciona:

– pegamos uma ideia simples como o objetivo de FAZER O POVO PARAR DE MIJAR NA RUA.

– criamos uma superstição assustadora pra isso, tipo: HOMEM QUE MIJAR FORA DA PRIVADA, O PINTO CAI EM SETE DIAS

– Espalhamos esse conceito científico viralmente, através de um buzz orquestrado, com filminhos simulando amadorismo no YouTube, perfis anônimos, posts pagos, tweets patrocinados, tudo o que o marketing nos permite fazer. É pro bem público, gente.

-Criaremos mockumentaries tipo “caso verdade” de homens cujos pintos caíram/morreram/foramdessapraumapior depois de mijarem em paredes, postes e demais obstáculos

E assim vai.

Eu acho que só com coisas do além, como a superstição e meios virais não-oficiais é que poderemos mudar algum hábito desse naipe.

Porque a lógica, a razão, a sensatez NADA PODEM contra hábitos ruins, solitários, impulsivos, que usam OUTRA PARTE DO CÉREBRO que não a do raciocínio formal.

Superstição viralizante é a solução.

E, olha, a última pessoa que falou mal de mim porque não gostou de um post, perdeu todos os dentes em 3 dias.

Toc toc toc

Arrastão durante o jogo

http://storify.com/rosana/arrastao-durante-o-jogo-brasil-x-equador.js[View the story “Arrastão durante o jogo Brasil x Equador” on Storify]

Brasileiros na TIME: por que o Twitter é tão popular aqui?

Não brigue comigo, não diga que eu só falo do Twitter. O Brasil é que adora o Twitter, tanto que saiu matéria na TIME. O texto diz que um novo estudo da comScore aponta o Brasil como o país que mais visitou o Twitter em agosto e diz que somos ‘vorazes’.

Link aqui. (via @carol)

A entrevista da matéria, Gabe Simas, diz que o sucesso do Twitter no Brasil se deve ao fato de que pessoas normais podem se aproximar de seus ídolos. Será que é só isso?

Vamos a uma enquete. Por que o TWitter faz tanto sucesso no Brasil?

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Escudo da seleção

Veja com ter um escudo da seleção no seu Twitter.

Veja aqui como seguir todos e fazer o seu:
http://screenr.com/Content/assets/screenr_1116090935.swf

Banda larga

Tem uma chamada de capa no R7, neste momento:
Governo lança Plano Nacional da Banda Larga e quer triplicar acesso à internet rápida até 2014

Claro, banda larga é bom e eu gosto. Todo mundo gosta. Precisa. Acesso democrático, aberto, acessível, a todos os brasileiros é algo que vai nos fazer crescer, como povo, cultura, nação. Evidentemente.
Por outro lado, também é verdade, como comentou Ethevaldo Siqueira num evento hoje pela manhã, que isso foi feito sem consulta popular, num ano de eleições, ressuscitando uma estatal, a Telebrás.

Infelizmente não tenho competência para discutir o tema em profundidade.

O fato é que a banda larga no Brasil não é satisfatória, ainda. Por mais que você assine megas e megas e megas, eles não chegam até sua casa. Sem contar que o provedor, por contrato, só tem obrigação de entregar um mínimo de 10% da banda.

Ainda temos muito a caminhar, evoluir, discutir. O mundo está mudando de forma incrível. Estamos na parte crescente, ascendente, acelerada da curva de crescimento tecnológico. Quem não se atualizar vai ficar pra trás mesmo. Conceitos estão sendo mudados, paradigmas estão sendo quebrados, o futuro chega atropelando.

Junto com isso precisamos melhorar a igualdade social, o nível educacional, sem esquecer da parte legal. Há muito a ser feito na legislação obsoleta do Brasil. A advogada Patricia Peck, especialista em direito digital, falou muito bem no fórum que fui mediar hoje cedo. A ideia não é processar, mas regulamentar. Não precisamos de mais leis, mas de códigos de conduta.

Precisamos de banda larga. De redes sem fio. De computadores baratos. Da Internet em todas as coisas. Do acesso ao conhecimento. De mais educação. De professores preparados. De mais escolas, mais hospitais, mais sistemas de esgotos. De tudo. E, sobretudo e antes de mais nada, precisamos acabar com a corrupção no Brasil. Ou diminuí-la. Ou controlá-la.

É hora de fazer faxina no Brasil. É hora de ficha limpa. De cara limpa. De voto limpo. De coragem. De consciência. De seriedade.
Depois a gente brinca. Depois a gente faz piada. Depois a gente ri.
Agora é hora de concentração.
De informação.

É hora de abrir o coração, ampliar os horizontes e alargar a banda. No melhor sentido da coisa.
Porque é só de peito, olhos, bocas, mãos, braços abertos que vamos poder abraçar o futuro.

Nosso espírito de porco

O segundo hotel onde fiquei em Berlim tinha um seleto grupo de hóspedes da Wikipedia. Gente de todo o mundo, de diferentes departamentos. Tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas e, claro, o assunto acabou sendo a Wikipedia Brasil e o nosso povo brasileiro.

É chato falar mal de si mesmo, da própria pátria, cultura e compatriotas. Mas é pior fingir que não se está vendo o que está na nossa cara. E uma das características do brasileiro em geral que fica visível até de longe  é o nosso espírito de porco. Não é preciso definir, todo mundo entende o que é. É  a filosofia por trás do oportunismo exacerbado, a Lei de Gerson, a maldade gratuita, a famosa ‘sacanagem’ de quem ri do mal alheio. Claro que tem coisas que a gente faz e gosta, como tirar sarro dos argentinos no futebol. Mas aí é uma brincadeira cultural sem consequências, não cai na categoria do que acontece na Wikipedia.

Em vários paises do mundo, talvez mais éticos porém menos divertidos que o nosso, a Wikipedia é um sucesso absoluto. As pessoas entendem seu princípio aberto e colaborativo e produzem wikis com concentração e seriedade. A Alemanha é um dos países onde a Wikipedia é mais produtiva, só pra citar um exemplo.

Aqui no Brasil, porém, acontecem alguns fenômenos diferentes. Tem gente que passa o dia inteiro destruindo o que foi feito, em vez de produzir alguma coisa. Tem outros que querem brincar, sacanear, publicando hoaxes e mentiras nos wikis só para enganar os jornalistas. A ideia é simples: o cara escreve algo que não é verdade. Tenta fazer com que alguém publique essa mentira num jornal. Depois vai lá, coloca o link do jornal nas referências e ‘lastreia’ a mentira, carimbando a mentira como verdade.

Qual a vantagem disso? Qual o resultado positivo de enganar alguém num meio público e aberto, que pertence a todos? Por que não fazer isso num blog? Por que sacanear uma… enciclopédia?

É isso que os gringos não conseguem assimilar. Eles não entendem por que alguns brasileiros acham graça em destruir algo que também é seu, transgredir uma regra feita também por ele. O espírito de porco, o ‘sacanear só pelo prazer perverso’, não faz sentido, porque a Wikipedia não é o ‘establishment’, ela é … nossa própria comunidade.

Escrever mentiras e destruir wikis é como pichar monumentos. Qual a vantagem de pichar o Cristo Redentor? Por que? Pra que? Pra ganhar notoriedade? Pra dizer que conseguiu? Pra ser o bam bam bam na sua turma?Talvez sim, talvez não. Um dos pichadores do Cristo Redentor ,por exemplo, nem sabe bem por que fez isso. Fez por fazer, sem grandes propósitos.

Não posso afirmar, mas sinto, intuo, que a mesma fonte que gera este tipo de atitude ruim, pode estar ligada a criatividade e ao jogo de cintura do brasileiro. Temos também um lado positivo desse jeito bamboleante da mente e do quadril, uma coisa única. Se a gente conseguisse aproveitar esse dom de um jeito positivo, seríamos uma potência. Temos a energia. Só que usamos a energia de um jeito errado, que dissipa mais do que realiza. A gente perde muito tempo, cuidando da vida alheia mais do que da nossa (eu também… lamento dizer…), destruindo mais do que produzindo, criticando mais do que analisando. Usando a capacidade bacana de brincar no momento errado, no local errado.

Se de um lado temos um povo feliz e sexualmente livre, temos também a chaga do turismo sexual e da prostituição de crianças. Se temos a incomparável beleza do Carnaval, o maior espetáculo da terra, temos também um alto índice de analfabetismo. Se temos uma Internet avançada, somos também o pais recordista em emissão de spam. Se temos uma propaganda premiada, temos uma imensa desigualdade social. Se temos uma TV premiada, temos também uma máquina de comunicação corrompida por favores políticos que concedem emissoras de rádio e TV para quem tem mais poder.

Temos que resolver nossas contradições, temos que decidir nosso futuro, reavaliar nossas posturas. E, sobretudo, aprender a usar nossos dons para coisas que nos levem ao desenvolvimento em vez de nos puxarem para o fundo do poço.

Não somos um povo mimado. Somos crianças sofridas.
Mas mesmo crianças sofridas precisam virar adultas.
Está na hora do Brasil crescer, virar gente grande.
Temos que amadurecer. Pero, claro, sin perder la ternura….

Injeção de ânimo

Almocei com uma pessoa otimista, leve, do bem.
Me enchi de ânimo. É bom conversar com almas puras e leves, que acreditam no ser humano, que ficam felizes com a felicidade alheia e que, sobretudo, torcem pela felicidade geral da nação. Sério, sem clichês. Eu acho bonito quando a pessoa torce pelo próprio país vê qualidades no povo brasileiro e sente que, enfim, somos a ‘bola da vez’ no mundo.

Passamos tantos anos ouvindo que o Brasil seria o país do futuro. Eis que o futuro veio. Devagarinho, mas veio.
E o Brasil está na moda.

Viva o povo brasileiro.

Brasil

Agora que eu já torci pelo Brasil, que deu banho na Guatemala, só falta torcer pra mais alguma empresa pagar meio milhão para a seleção fazer um jogo para celebrar o aniversário, assim eu não ficarei com a impressão de que a seleção só fez isso porque era a Globo. Ah, sim, e vou torcer pra Daiane não posar nua para a Playboy. Sei lá, acho que não combina. Ela pode ser maior de idade, mas parece uma menina. Não bateu bem a idéia. Boa noite.

Brasil

 Gostei muito deste
 portão.

 Fica numa pequena praça
 próxima a Av. Cerro Corá,
 em S.Paulo. Não sei se
 é uma casa particular ou
 se é um ponto comercial.

 Mas achei muito simpática
 a idéia de pintar o portão
 retangular como se fosse
 uma bandeira do Brasil.

 Faltou só a Ordem
 e o progresso.