Fui dormir às duas da manhã. Fiquei online com o Diego Maia, que cuida de todos os blogs no R7, trocando mensagens pelo Gtalk e fazendo pequenos ajustes no Querido Leitor.
Mudar para uma casa nova é assim mesmo. A casa é muito maior, os móveis são mais bonitos, tudo é melhor e mais confortável. Mas é nova. E por ser nova precisa de muito aprendizado. Qualquer pessoa que já tentou fazer o jantar numa cozinha que não conhece sabe do que estou falando. A gente não sabe onde está a escumadeira e nem como acender o forno. Até os melhores músicos estranham quando trocam de instrumento.
Até aqui nada de anormal. Acontece que ontem,pouco antes da estreia do R7, começou o Yom Kippur. Fiz uma refeição e vim para cá (estou no R7 neste momento). Nas primeiras horas do jejum você não sente nada. A dificuldade começou hoje cedo. Acordei e lembrei que eu não podia tomar café da manhã. Nem beber nada. Nem água. Tomei banho,me arrumei e vim para o trabalho.
Agora, por exemplo, são quase duas horas da tarde e começo a sentir os primeiros sintomas comuns de um longo período jejuando: uma leve tontura, sonolência e um princípio de “desligamento” mental. É a cabeça querendo dar um reboot.
Daqui a pouco vou para casa descansar. Mais tarde vamos todos para a sinagoga e à noite jantaremos em família.
Muita gente questiona esse Dia do Perdão, o jejum, mas este ano ele vai ser ainda mais importante para mim. Há algo de muito particular em voltar para um lugar de onde saí há 9 anos, precisamente no começo do ano 2000. Ocorre que foi justamente porque eu saí do Fala,Brasil que eu criei o Farofa, que virou o Querido Leitor, que tem exatamente…9 anos. E agora, por causa do blog que eu fiz quando saí da Rede Record eu volto para o R7. No dia do Perdão. Difícil não achar que tudo está ligado,que as coisas se relacionam e na ligação de causa e efeito. O Querido Leitor só existe porque eu saí da Record um dia e eu só voltei para o grupo, no R7, porque eu fiz o Querido Leitor.
Eu tenho certeza que há um grande aprendizado e uma carga simbólica em tudo isso. A importância da perseverança e do perdão. A visão de que tudo evolui e cresce. A percepção de que devemos fazer as coisas que acreditamos, sempre. E, sobretudo, a certeza de que caminhar pela vida é muito melhor quando se tem boa companhia. E eu estou em sua companhia, querido leitor.
Antes que a consciência me falte e o vazio do estômago suba para o cérebro, deixo aqui o meu muito obrigada. O blog ainda vai crescer muito, vai ter muitas novidades. Por enquanto, se alguma coisa estiver faltando, me perdoe.
Hoje é um bom dia pra isso.
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