Meu nome é trabalho. Ou quase.

Fico sem graça de repetir a mesma ladainha da minha história de vida, o famoso “eu vim de uma família de classe pobre alta e comecei a trabalhar muito cedo..”. Mas é isso mesmo. Sou da categoria genérica de descendentes de imigrantes que já comeu o pão de centeio que o diabo europeu amassou, que conhece mais o rala-rala do que o rola-rola. Com quatro anos de idade eu subia num banquinho para ajudar meu avô na fabriqueta de garagem junto com as minhas primas. Eu apertava parafusos com uma traquitana que meu avô luxemburguês inventou, especialmente para minha fragilidade infantil. Eu também pintava “garfos” que sustentavam um sistema de travar janelas na parede. Todas nós trabalhávamos. Aos 9 eu já fazia tricô e crochê para vender com minha mãe e aos 13, já tinha carteira de trabalho assinada. São, ao todo, mais de 40 anos de trabalho.

Eu disse mais de 40 anos de trabalho. Quando alguém vira pra mim no Twitter e pergunta se eu não faço nada na vida, tenho vontade de responder:

– Faço, sim. Eu desintegro idiotas. Quer ver?

(nossa … que agressividade!)

Já fiz muita coisa. De dar aulas a vender malhas, de pesquisas de rua sobre uso de caixas de fósforos a apostilas de parapsicologia, de palestrante a apresentadora. Mas o “grosso” mesmo sempre foi criando e escrevendo, criando e escrevendo. Mesmo nos casos em que escrevi merda e criei problemas, sempre criei e escrevi. Fiz coisas glamourosas como escrever novela das 8 para a Rede Globo e roteirizar programas infanto-juvenis na TV Cultura (alguns premiados), telecurso 2° grau na Fundação Roberto Marinho e até comerciais de remédios pró-virilidade rodados na frente de um motel. Phyno. Porém, como uma parte das maledicências que o mundo jogou em mim acabou virando bênção, eu consegui uma vida boa, estável, saudável e feliz, pela qual agradeço diariamente a D’us. E, na medida do possível, tento dividir minha felicidade com o resto do mundo.

Não me arrependo de nada, porque além de ter feito tudo para sobreviver dignamente e sem prejudicar ninguém, sempre tive meus defeitos como meus aliados. Meu orgulho sempre me impediu de me vender e minha arrogância me ajudou a ficar longe da escória sempre pronta para tentar nos corromper.Eu sou aquela mulher guerreira que xinga de volta se for preciso e não aceita ofensa de idiota porque (1)eu pago minhas contas (2)eu pago as contas de outras pessoas (3)eu pago impostos (4)eu emprego pessoas (5)eu faço tanto ou mais do que o muito que eu falo.

Quer ver o que eu já fiz? Clique aqui que tem uma amostra.

Feito o discurso inflamado do Partido das Mulheres Lutadores desse Brasil, volto para o chão do alto do meu caixote  para falar das minhas incompetências.

Eu sou desorganizada, detesto burocracia, tenho pavor de preencher formulários e já abandonei a sociedade numa agência porque tinha que usar Excel. Não suporto planilhas. Eu morreria de fome se tivesse que usar mais de UMA. Eu seria a pior secretária do mundo. Eu não suporto ficar falando ao telefone. Telefone é celular, pra mandar fotos, acessar a Internet, passar SMS, fazer vídeos. Tudo menos falar. Falar, só o essencial.

Também não consigo  preencher notas fiscais. Chego a ficar sem receber trabalhos só por causa disso. Nos áureos tempos em que eu ganhava bem (foi bom, viu? ter dinheiro é MUITO interessante, eu recomendo…)cheguei a abrir mão de RECEBER porque eu não conseguia pegar os dados, preencher as notas, imprimir 12 laudas de um documento para anexar e administrar a burocracia envolvida. Eu simplesmente virei pro contratante e disse: pega o dinheiro e dá pra caridade, eu não vou conseguir receber.

Minha desorganização impede, inclusive, que eu contrate alguém para fazer isso. OK, agora, minha falta de renda também é um empecilho.

Meus filhos quase deixaram de ir ao acampamento quando crianças porque eu não conseguia preencher as oito páginas de informações dos formulários. Eu posso trabalhar 20 horas sem parar, mas não me peça para preencher nada. No máximo, um joguinho de forca.

Por isso, admiro quem consegue organizar tudo. Quem tem uma mesa arrumada. Quem tem letra bonita e preenche os quadradinhos. Quem lida bem com a burocracia.

Eu sou, simplesmente, a pior secretária do mundo.
Vida longa a todas as secretárias no 01 de maio e a todos os seres de boa vontade.

Meu nome é trabalho. Mas no dia do trabalhador, pode me chamar de ócio.

Farofilosofia

Altruísmo é dar o melhor de si até para ajudar seu concorrente.
Esperança é acreditar que ele vai agradecer um dia. 

 

Caixa Postal

.Marcelo Santos – nova coluna “Os astros respondem”.

.Raphael Morais fica indignado com certas coisas que são publicadas. Esta, sobre a Oprah. Veio de um tablóide inglês, claro. Eu também.

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Exausta

Estou bem acabada. Mas deu tudo certo. Depois de dar errado, claro. Deu certo por exclusão…Amanhã eu conto. Estou distraindo a cabeça com bobagem pra ver se eu relaxo. Foi um dia interminável.

Blogging Heroes

Acabei de receber em casa, de presente, o livro “Blogging Heroes”, em português.
Parabéns a todos os heróis blogueiros deste mundo!

Quarta-feira

Ok, já é quarta-feira.
Vai ser um dia agitado.
Tenho dois eventos grandes no mesmo dia. O primeiro é um congresso para 8 mil professores, no Ibirapuera. Vou participar de um painel como moderadora e como convidada, para falar sobre blogs.
Em seguida, apresento um evento no Fasano, para um grupo de empresários.
Espero que tudo dê certo.

13 anos do UOL

Eu comecei a usar o UOL quando o UOL surgiu.
Fiz minha assinatura em janeiro de 1997, há mais de 12 anos.
Sou parte dessa história e desse aniversário também.
Eu ainda tenho Speedy Light atrelado a essa velha conta…

 

Panelinha

@dansalles me passou esse primor, esse “manifesto” desenhado, sobre a Panelinha da Wikipedia. Ou de qualquer outra panelinha em qualquer outro lugar. Clique no final e leia tudo. É grande mas tem desenhos…

PS – Falta o autor …estamos procurando ….acho que é este..

Susan, Twitter, Gripe

Não adianta ficar nervosinho, reclamar, bater o pé.
Os três assuntos mais falados do momento na web são esses: Twitter, Susan Boyle e Gripe Suína.
Minha vontade era fazer um Flash Mob via Twitter, com todo mundo usando fantasia de Susan Boyle e máscara antigripe, pra ver se a gente cobria tudo de uma vez por todas.

No momento não achei nenhuma “Máscara de Susan Boyle” para imprimir.
Acho que ninguém fez uma ainda.
Aceito doações.
Alguém sabe criar uma ?

Obrigada, @ridiel @luciourbanetto

Entrevista do Mês

Momento autopromocão: entrevista do mês.
Aprendi que não basta botar ovo, é preciso cacarejar.
Cocoricó.

Bom dia, bicharada

De um lado as manchetes assustadoras sobre a gripe suína, de outro o leão do imposto de renda chegando a seu prazo final.
No rádio dizem que o nome “gripe suína” está errado.

Mudança de planos

Cancelei o cabeleireiro e voltei pra casa. Fui lá avisar pessoalmente. Melhor deixar tudo para amanhã, antes da gravação, assim eu terei tempo de adiantar o trabalho em casa agora.Sem contar que posso ver um pouco da novela…

 

Cooooorreria

O dia foi corrido e produtivo. Fiquei incomunicável durante muitas horas, com celular desligado e offline. Aliás, online, mas em reunião. Acabei de entrar em casa, mas já estou de saída: vou arrumar o cabelo porque amanhã eu tenho gravação para o programa A Noite é uma Criança.

Na volta, tenho que terminar duas apresentações, responder emails, terminar textos.
De vez em quando tenho a impressão de que não vou dar conta de tudo.
Mas, como sempre, como todos, como todas, a gente encontra uma solução.

Até a volta e obrigada pela compreensão.